Por que o preço dos alimentos e outros produtos aumentaram tanto?

Preço dos Alimentos

Preço dos alimentos e outros produtos

Muitos de vocês já devem ter se perguntado o seguinte:

Se o Governo tem a Casa da Moeda, porque ele não fabrica dinheiro e o entrega para as pessoas, na quantidade o suficiente para elas poderem viver bem e sem trabalhar? Pois é… as coisas não são nada simples assim..

Imaginemos que o Governo Federal de fato decidisse fabricar dinheiro e entregar uma quantia “x” para que cada pessoa pudesse viver bem, inclusive sem trabalhar. Isso levaria de fato a muitas pessoas a parar de trabalhar e com isso parariam de produzir. Não produzindo, as pessoas estariam com muito dinheiro para gastar mas poucas coisas para consumir, iriam ao supermercado e não encontrariam arroz, feijão, óleo, etc., para comprar, porque alguém parou de plantar, alguém parou de ir até as fábricas beneficiar os alimentos, parou de embalar, as embalagens parariam de ser produzidas, etc. Muitos pedreiros, carpinteiros, serventes, talvez preferissem ficar em casa recebendo o dinheiro do governo ao invés de ir para a frente de alguma obra. Daí, de que valeria o dinheiro então?

Com isso ocorreria uma alta tremenda nos preços! Sim, os poucos alimentos e serviços que se encontrassem a disposição das pessoas, assumiriam preços estratosféricos, pois o pouco disponível teria que durar o máximo de tempo e com o pouco disponível, haver-se-ia de pagar todos os custos de produção, que, devido a baixa disposição da mão de obra, também encontrar-se-iam demasiadamente inflacionados.

E não é o governo que impõe essa política. É a velha lei da procura e da oferta.
Hoje nós estamos vivendo algo parecido. Não que as pessoas tenham parado por livre e espontânea vontade ou porque muitas delas estão recebendo o auxílio do governo federal. Mas porque a campanha do “fique em casa”, não só no Brasil, como também no exterior, desencadeou essa crise.

Muitas pessoas não só no Brasil passaram a ficar em casa, seja pela política desastrosa adotada por alguns governadores e prefeitos, seja pelo desemprego causado pelo medo e insegurança de muitos empresários, por isso, essas pessoas pararam de produzir. Muitos bens de consumo deixaram de chegar ao mercado, ou estão em vias de deixar de chegar. Mas, as pessoas não deixaram de consumir, principalmente os alimentos. Não é toa que mesmo em tempos de pandemia, de quarentena, os supermercados continuaram lotados.
Essa alta de preços, principalmente nos alimentos, é um reflexo desta crise. É o próprio mercado que impõe, diante de sua auto-regulamentação, para não deixar esses bens de consumo entrar em efetiva falta para a população e o sistema colapsar.

E não há de se falar em intervenção do Governo Federal no controle destes preços. Eis que noutras ocasiões houve essa tentativa e quem viveu no final dos anos 80 e início dos anos 90 sabe do desastre que foi essa intervenção. O congelamento dos preços da cesta básica sempre desaguava na falta de alimentos, o que acabava atingindo a população mais carente e dali para frente foi uma crise generalizada com índices de inflações galopantes. Mesmo porque a crise do “fique em casa” está consolidada no exterior também. Muitas empresas ficaram por mais de 30 dias sem poder embalar os seus produtos, porque a fabricante destas embalagens não estava recebendo a matéria prima que é um material importado.
A linha do consumo se estendeu bem mais do que a linha da produção. Quando há esse desencontro, há o risco de inflação. Isso o Governo Federal alertou desde o início. Por isso somos contra o “fique em casa” e a conta disto está chegando aos brasileiros.

O que precisamos é voltar a produzir o mais rápido possível. Não há outra saída.

Por: Mores & Amaral | Imagem: Pixabay

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